O mercado imobiliário em 2022 terá que atender às novas necessidades que surgiram ao longo do tempo que passamos em casa. Imóveis com infraestrutura para as novas tecnologias e ambientalmente responsáveis, devem guiar as preferências do consumidor este novo ano
A construção civil foi pouco ou quase nada afetada pela pandemia do Covid-19. O setor teve o melhor ano dos últimos cinco anos. A expectativa é que o mercado imobiliário em 2022 permaneça em crescimento.
Embora a economia, não só brasileira, mas mundial, esteja em uma crise sem igual, especialistas acreditam que será um bom ano para o ramo imobiliário.
Graças às adversidades que enfrentamos desde 2020, o perfil do consumidor de imóveis mudou, a maneira como moramos, nossas prioridades e interesses são diferentes e isso mexe diretamente com o mercado imobiliário em 2022.
Para atender algumas das novas demandas, destacamos neste artigo, os itens que os consumidores mais procuram.
Como foi o setor em 2021
Essa nova década iniciou muito bem para o mercado imobiliário. A construção civil continuou sendo um dos maiores responsáveis por movimentar a economia brasileira, sendo a indústria que mais emprega no país. O setor ajudou no crescimento de 4,58%, de acordo com o Boletim Focus.
Esse percentual se deve principalmente pelo grande número de lançamentos em 2021. Foi um ano movimentado especialmente no mercado imobiliário em São Paulo. Segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), a disparada de unidades lançadas e vendidas foi, entre janeiro e setembro, quase 50.000, o dobro de 2020.
Ao mesmo tempo, as vendas de imóveis acompanhou o movimento, isso significa que os lançamentos têm vendido bem. Segundo o balanço realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) o crescimento foi de 46,1% e o PIB da construção civil foi o maior desde 2014.
O tamanho dos apartamentos vem diminuindo, no último ano os lançamentos têm em sua maioria no máximo 45m², 37500 dos 50000 segundo a Secovi-SP São apartamentos menores, para jovens adultos solteiros, com condições de financiar um bem e que já são estabelecidos.
O que esperar do mercado imobiliário em 2022?
No campo econômico, a previsão é de até o fim do ano a Selic atingir 11,50% segundo o Mercado Focus, e deve afetar o valor da taxa de financiamento de imóveis e aluguéis. No entanto, o mercado imobiliário está otimista para o ano de 2022.
Na primeira reunião do ano do Comitê de Política Monetário (Copom), em fevereiro, foi elevada a taxa básica de juros, Selic, para 10,75%. Especialistas afirmam que ano que vem, em 2023, devemos observar uma queda.
Mesmo com a alta, o fato de se tratar de um investimento seguro e estabelecido deve garantir que a compra de imóvel aumente mesmo com a crise pela qual o Brasil passa.
Em relação à economia internacional, a guerra na Ucrânia afeta preços de combustível e comodites o que acaba aumentando o preço do transporte de materiais e traz alta para a inflação que poderá ser sentida nos próximos meses, porém não deve permanecer a longo prazo.
Localmente deve-se observar a revisão do Plano Diretor de São Paulo. Para o mercado imobiliário há uma expectativa de maior liberdade para construir. Os representantes do mercado imobiliário e urbanistas estão em consenso quanto a intenção do PDE, que é boa, porém para eles é mal executada.
Hoje existem regras para a construção nas regiões chamadas de eixo de transporte, em que há uma malha metroviária e de ônibus, e para o vice-presidente do Secovi-SP Claudio Bernardes, isso limita as criações e muitas acabam iguais, gerando uma deformação no mercado imobiliário.
Tendências para o mercado imobiliário 2022
Este é um ano eleitoral, no qual um possível cliente com maior poder aquisitivo está mais cauteloso. É preciso entender o que ele procura para acertar em cheio.
Com a pandemia vieram hábitos novos e necessidades nunca pensadas até então. Por termos passado muito tempo dentro de casa, há uma preocupação maior com conforto e valorização do espaço.
Porém, com a volta ao trabalho presencial ou híbrido, novas demandas surgiram. Se pensarmos bem, a volta às aulas presenciais foi responsável por levar as pessoas de volta às grandes cidades, pois a maioria das escolas não tem estudo online para sempre.
Ao voltar à cidade, permanece a preocupação com qualidade de vida, mas outra necessidades ganharam força, assim, alguns pontos devem ser destacados em comunicações de lançamentos:
- Apartamentos com infraestrutura para automação;
- Possibilidade do apartamento;
- Um interesse maior em condomínios pequenos;
- No eixo de transporte;
- Com estrutura de água e energia.
Principais diferenciais
Os consumidores buscam diferenciais referentes entre tecnologias e sustentabilidade. Um imovel com boa circulação, menos dividido, com ambiente para atividades físicas, trabalhar, comer e dormir, a varanda ou terraço são os preferidos dos compradores.
Enquanto em 2021 houve um êxodo para o interior e litoral, este ano as casas nas cidades são as que mais estão em alta, pois o trabalho, presencial ou híbrido, está de volta, assim como as escolas.
Em 2022 também, a personalização das plantas para atender melhor às necessidades dos futuros moradores é um dos principais fatores procurados. Algumas incorporadoras estão lançando empreendimentos com áreas que podem ser transformadas em diferentes ambientes.
Condomínios pequenos (com 6 a 12 casas) chamam atenção entre as tendências para 2022, uma consequência da busca por conciliar conforto, privacidade e segurança.
Houve um aumento na busca por um imóvel bem localizado, mas uma boa localidade mudou, não são mais os bairros mais caros e centrais, hoje se procura regiões perto do trabalho do morador no eixo de transportes.
Devido ao Plano Diretor de 2014, por serem empreendimentos construídos nessas áreas, tem uma quantidade limitada de vagas. Por isso, os projetos que têm data de entrega prevista para daqui três ou quatro anos já são idealizados para o jovem que não tem desejo de possuir um carro próprio.
Porém, enquanto este consumidor não se torna maioria, são feitos convênios com marcas de locação de carros e também por assinatura.
Não podem faltar
É praticamente impossível entregar um empreendimento sem infraestrutura para as tecnologias que usamos hoje. Itens como tecnologia 5G, tomadas USB e inteligentes são diferenciais que suportam os gadgets usados hoje.
Nas áreas comuns a tecnologia fica por conta por facilitar o dia a dia do condomínio e trazer segurança, como sistemas de entrada e saída, com liberação de entrada de moradores por reconhecimento facial e biometria. Atualmente, já existem tecnologias com QR code que dão entrada temporária para acesso de visitantes.
No quesito sustentabilidade, empreendimentos com placas solares e reutilização de água, por exemplo, atendem a um público cada vez mais exigente quanto ao cuidado com o ambiente e ainda ajuda a reduzir o valor do condomínio.
Porque é importante acompanhar as tendências para o mercado imobiliário 2022
A sociedade já vinha passando por grandes mudanças nas áreas tecnológicas e ambiental, porém essa nova década se iniciou com um evento com o qual a humanidade não lidava há quase 100 anos, uma pandemia.
Por essa razão, novas características da sociedade, novas tendências para o mercado imobiliário em 2022 que suprem essas novas necessidades.
Compreender o que o cliente busca, melhorar a conquista de resultados e sua comunicação para que ele entenda que o seu imóvel é a melhor oportunidade de negócio.
Ademais, as pessoas retomaram suas vidas e querem estar perto de boas escolas e, por isso, em 2022 procuram casa ou apartamento.
Isso indica que boas localizações e o perfil do consumidor mudou, já que hoje se busca imóveis mais próximos de onde se pode ter uma rotina tranquila, próximo de transporte, escolas e trabalho.
Em vista disso, o mercado imobiliário está diferente e para se atualizar e ter resultados é preciso estar em dia com as tendências do mercado imobiliário de 2022. Assim, identificar as necessidades do seu público e como se comunicar com ele.
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