X

Acontece no mercado imobiliário

Após as residências, o legado de Arthur: dicas de entretenimento imobiliário

escrito por

Marcia Garcia

publicado em

21 de abril de 2025

tempo de leitura:

9 min

compartilhar

Depois das casas, as frases de Arthur

O arquiteto Arthur Casas não é apenas um nome respeitado no campo da arquitetura; ele também se tornou uma voz relevante na cultura contemporânea. Recentemente, ele lançou um livro intitulado Frases Bem Construídas, onde reúne cerca de seiscentas frases que capturam a essência de sua visão de mundo. Essas frases variam em origem, abrangendo desde filósofos renomados como Aristóteles até personalidades inusitadas como Rita Cadillac. Essa coletânea é uma reflexão rica, formada durante os períodos difíceis da pandemia, e agora promete encantar o público durante a noite de autógrafos na Livraria da Travessa do Iguatemi.

Arthur Casas, renomado arquiteto e influente figura na cultura contemporânea, lançou recentemente o livro “Frases Bem Construídas”, uma coletânea com cerca de seiscentas frases que refletem sua visão de mundo. Entre citações de pensadores como Aristóteles e figuras inusitadas como Rita Cadillac, a obra captura a essência de suas experiências e reflexões, especialmente durante os desafios da pandemia. Com um estúdio em São Paulo dedicado a aproximadamente 70 projetos, Casas se empenha em criar espaços que respeitem a natureza e promovam a acessibilidade. Sua filosofia arquitetônica busca humanizar a construção, propondo que a arquitetura deve acolher a imprevisibilidade da vida. Influenciado por nomes icônicos como Lina Bo Bardi e Paulo Mendes da Rocha, ele valoriza a simplicidade e a harmonia entre o construído e o ambiente.

Além disso, planeja fundar um instituto para inspirar novas gerações de arquitetos. As palavras de Arthur Casas são mais do que construções: elas nos convidam a refletir sobre a vida e a cidade em que vivemos. Venha descobrir como a arquitetura pode ser transformadora e inspiradora:

Acessibilidade e a Arquitetura de Arthur Casas

Arthur Casas tem uma carreira marcada por uma profunda preocupação com a acessibilidade e a integração de seus projetos ao meio ambiente. Em São Paulo, seu estúdio está atualmente tocando 70 projetos, refletindo seu compromisso em criar espaços que se conectem à natureza e promovam a interação social. Sua abordagem na arquitetura é inspirada pela infância que passou no Alto da Lapa, uma região que ele lembra como mais verde e menos urbanizada.

A filosofia de Casas reflete o desejo de tornar a arquitetura mais humana e acessível. Ele afirma que “a arquitetura existe para amparar a imprevisibilidade da vida”, um pensamento que se torna evidente em suas criações que priorizam a clareza e a convivência harmoniosa entre os espaços internos e externos. Esse princípio transforma projetos de simples edifícios em experiências vivas que acolhem pessoas e suas histórias.

Interior de sala residencial moderna com estilo minimalista, móveis elegantes e materiais naturais, destacando a harmonia com a natureza no design de Arthur Casas.

Influências e Referências

No livro, Casas menciona diversas influências que moldaram sua visão arquitetônica. Entre elas estão nomes icônicos como Lina Bo Bardi e Paulo Mendes da Rocha. A frase mais citada de Bo Bardi, “Há um gosto de vitória e encanto na condição de ser simples”, ressoa fortemente na obra de Casas, onde a simplicidade se torna um valor central. Ele também cita Frank Lloyd Wright, aclamado por suas construções que integram o ambiente natural, mostrando a busca de Casas por uma arquitetura que harmoniza as obras com o espaço ao redor.

 

Além disso, outros arquitetos como Frank Gehry são mencionados em seu livro de forma crítica. Gehry, conhecido por suas formas ousadas e desconstruídas, contrasta com a visão de Casas, que evita a arquitetura espetaculosa em favor de projetos que favorecem funcionalidade e coerência. Essa análise revela não apenas o estilo pessoal de Casas, mas também a maturidade de sua prática profissional.

 

A relação entre espaço e experiência

A relação que Casas estabelece entre o espaço construído e a experiência humana é fundamental para entender sua arquitetura. Ele acredita que cada projeto deve refletir a identidade do lugar e dos seus habitantes, respeitando a história do espaço e suas características únicas. Isso se traduz em obras que, mesmo em um cenário metropolitano caótico como São Paulo, conseguem transmitir sensações de calma e contemplação.

Essa conexão é fundamental, especialmente quando consideramos a crescente demanda por habitações que vão além da mera funcionalidade. Estão surgindo novas formas de habitar as cidades, onde o design desempenha um papel vital na qualidade de vida dos moradores. Portanto, ao afirmar que “as cidades mudam e têm que mudar”, Casas não apenas reconhece a dinâmica urbana, mas também instiga um debate sobre a importância de bons projetos que considerem as necessidades reais da população.

 

Um legado que inspira

O objetivo de Arthur Casas vai além da construção de edifícios; ele deseja deixar um legado que inspire futuras gerações de arquitetos. O Instituto de Inovação e Arquitetura Contemporânea, que ele pretende fundar, visa incentivar jovens talentos a explorar novas possibilidades dentro do campo da arquitetura. Ali, ele planeja resgatar práticas construtivas tradicionais que foram deixadas de lado ao longo do tempo e incentivar a criatividade e a inovação entre os estudantes.

Esse movimento não só reforça seu papel como mentor, mas também como um defensor da sustentabilidade e da valorização do patrimônio cultural brasileiro. Através de novas abordagens e com um olhar crítico sobre as práticas arquitetônicas atuais, ele quer cultivar uma nova geração de profissionais que estejam dispostos a desafiar o status quo e explorar alternativas mais viáveis e criativas para o desenvolvimento urbano.

Fachada de casa moderna com grandes janelas de vidro e paisagismo orgânico, refletindo o estilo arquitetônico naturalista de Arthur Casas.

Pensamentos e reflexões

As frases que compõem seu livro não são meras citações, mas convites à reflexão. Cada uma delas carrega um pedaço de sua história, suas experiências e sua visão de mundo. Ao falar sobre o esquecimento de palavras comuns, como o “aspirador de pó”, Casas nos lembra da fragilidade da memória e da importância de registrar e valorizar o conhecimento. Sua trajetória nos mostra que, assim como na arquitetura, devemos sempre buscar inovação e um retorno às nossas raízes para garantir um futuro sólido.

Uma jornada pela criatividade e inovação

Arthur Casas é um exemplo de como a arquitetura pode ser transformadora. Suas frases, que agora estão imortalizadas em um livro, servem como um lembrete de que a criatividade e a reflexão são essenciais não apenas para os arquitetos, mas para todos nós. Ele nos convida a desafiar o ordinário e a buscar o extraordinário em nossas vidas diárias, mostrando que as melhores ideias muitas vezes surgem em momentos de introspecção e questionamento.

Ao final, fica claro que, mesmo após as casas, as frases de Arthur têm o poder de inspirar. Elas transcendem o espaço físico e nos conectam com a essência do que significa ser humano, abrindo portas para novas possibilidades de pensar sobre nosso cotidiano e sobre a cidade em que vivemos. Se a arquitetura é um reflexo da sociedade, então suas palavras são um mapa que nos guia através das complexidades da vida.