A escassez de imóveis para locação em Nova York está gerando preocupação entre investidores, incluindo muitos brasileiros, devido ao crescente número de propriedades absorvidas por aqueles que preferem comprá-las para revender. Esse fenômeno está intimamente atrelado às políticas econômicas de Donald Trump e ao impacto do “tarifaço”, que elevou os custos da construção civil e incentivou investidores a adquirir imóveis rapidamente antes que os preços aumentassem ainda mais. Com a demanda por residências em alta, os poucos imóveis disponíveis estão se tornando cada vez mais caros, especialmente nas faixas de alto padrão, criando barreiras para inquilinos em busca de moradia acessível. Além disso, as políticas de controle de aluguel introduzidas para proteger inquilinos complicam ainda mais o cenário, levando muitos investidores a reconsiderar suas estratégias. O artigo explora essas dinâmicas complexas e as oportunidades que surgem em um mercado tão desafiador: navegue conosco e descubra os detalhes dessa situação intrigante!
Faltam imóveis para locação em NYC: E isso tem a ver com Trump
Os investidores que buscam aproveitar o mercado de locação em Nova York, incluindo muitos fundos brasileiros, estão cada vez mais preocupados com a escassez de imóveis disponíveis para aluguel. A situação tem se agravado à medida que um número crescente de imóveis é absorvido por aqueles que preferem comprar para revender e lucrar com a valorização ao invés de optar pela renda mensal. Este fenômeno não é aleatório e, surpreendentemente, está intimamente ligado às políticas econômicas de Donald Trump. Nos últimos anos, o “tarifaço” imposto pelo presidente pressionou os preços dos insumos da construção civil, levando os investidores a correrem para adquirir imóveis antes que os preços subissem ainda mais.
Em uma conversa com o Metro Quadrado, Harry Nasser, corretor da Sotheby’s International Realty, compartilhou sua experiência: “Quando Trump recuou em relação ao tarifaço, o movimento no mercado foi intenso. O telefone não parava de tocar.” Isso evidencia uma escassez sem precedentes de imóveis à venda na cidade, uma situação que muitos consideram insustentável. Bruna Rezek, sócia da Urca Capital, uma gestora brasileira que atua no mercado imobiliário americano desde 2017, corroborou essa ideia, afirmando que as condições atuais do mercado são diferentes de tudo o que foi observado anteriormente.
Aumento da Demanda e Preços em Ascensão
Com a demanda por imóveis residenciais em alta, os poucos disponíveis no mercado estão ficando cada vez mais caros, especialmente nas faixas de alto padrão. Um estudo recente da Olshan Realty indicou que, entre 19 e 25 de maio, foram assinados 55 contratos de venda apenas para imóveis com valores a partir de US$ 4 milhões em Manhattan. Este número representa o dobro da semana anterior, e é o desempenho mais forte desde novembro de 2021. À medida que os preços dos imóveis aumentam, um efeito colateral inevitável surge: os aluguéis também sobem, criando uma barreira significativa para muitos inquilinos que procuram moradias acessíveis.
As previsões da consultoria Urban Digs sugerem que o mercado de compra e venda continuará aquecido durante o verão, com um crescimento concomitante nos valores de aluguel. Os desafios regulatórios e as políticas de controle de aluguel já estabelecidas, como o rent control e o rent stabilization, tornam a situação ainda mais complicada. Essas políticas foram implementadas para garantir acesso à moradia popular e reduzir a gentrificação na cidade, mas em tempos de oferta baixa, elas começam a pesar na estratégia dos investidores.
O Impacto das Políticas de Controle de Aluguel
As políticas de rent control e rent stabilization, que foram criadas para proteger os inquilinos de aumentos excessivos, influenciam diretamente as decisões de investimento imobiliário na cidade. O rent control, introduzido pelo governo federal em 1943, destina-se a prédios construídos até 1947 e visa oferecer moradia acessível. Por outro lado, o rent stabilization foi estabelecido pelo legislativo do estado de Nova York em 1969, aplicando-se a imóveis erigidos até 1974.
Hoje, cerca de 44% do estoque de imóveis em Nova York está sujeito a essas políticas, limitando a capacidade dos proprietários de ajustarem os preços dos aluguéis. Ricardo Costa, sócio e líder da operação americana da RBR Asset, destaca que o cenário atual tornou a dinâmica de investimento bastante complexa. “Se você não tiver pelo menos 85% das unidades habitacionais de um prédio listadas no free market, a conta não fecha”, diz ele. Isso explica por que muitos investidores estão se afastando de projetos que envolvem propriedades reguladas.
Apressando-se em um Mercado Exigente
A necessidade de agir rapidamente em um mercado tão volátil não pode ser subestimada. Recentemente, muitos investidores se ressentiram das mudanças nas regras que dificultam a saída de inquilinos de longo prazo que pagam aluguéis mais baixos. Esse aumento na judicialização de casos relacionados à desapropriação levou a prefeitura a tornar essas negociações ainda mais desafiadoras. Como resultado, muitos proprietários estão optando por deixar seus imóveis vazios a fim de evitar prejuízos, especialmente quando os custos de financiamento estão mais altos.
Além disso, a Property Shark divulgou dados alarmantes que mostram que os casos de proprietários com hipotecas executadas por inadimplência dobraram de um ano para o outro. “A demanda está explodindo, enquanto a oferta continua barrada por questões regulatórias na cidade”, afirma Bruna Rezek. Com a escassez de imóveis, muitos investidores estão levando suas atenções a regiões menos reguladas e com preços mais acessíveis, como Flórida e Texas, onde as condições de mercado são mais favoráveis.
Opções para Investidores Brasileiros
Para investidores brasileiros, surgem novas oportunidades em mercados alternativos que oferecem maior liberdade e menos burocracia. Bruna Rezek aponta que há um evidente apetite por regiões que favorecem os proprietários, especialmente para aqueles menos acostumados com o funcionamento do mercado imobiliário americano. A busca por alternativas viáveis se torna essencial diante de um panorama tão restritivo em Nova York.
O que resta aos investidores é manter os olhos abertos para as tendências do mercado e estar prontos para se adaptar a novas realidades, pois a diminuição da oferta de imóveis para locação em NYC promete ser uma questão persistente nos próximos anos até que o ambiente econômico e regulatório mude novamente.
Explorando Novos Horizontes
Em uma cidade como Nova York, onde a competitividade do mercado imobiliário é feroz, a falta de imóveis para locação é um sinal claro de que algo precisa mudar. O cenário atual é um reflexo não apenas das políticas locais, mas também das influências globais e das decisões políticas tomadas há alguns anos. Para investidores e inquilinos, a realidade é desafiadora, mas não sem oportunidades.
O comportamento do mercado, impulsionado por decisões aparentemente distantes, como as feitas por Trump, mostra-se crucial para entender as dinâmicas atuais. Afinal, o futuro do mercado imobiliário em NYC depende da habilidade de se adaptar e explorar novas possibilidades. Se você está pensando em investir ou alugar um imóvel nesta vibrante metrópole, esteja preparado para navegar por águas turbulentas, mas cheias de potencial.
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